quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Exposição 2em1

Clique no título para ler o comentário de Jozias Benedicto sobre a exposição coletiva 2em1.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Receita de Caracóis à Portuguesa


Caro amigo Celestino,
A Quinta de Mata Mouros é realmente muito bonita. Foi muito bom ter trabalhado para a família sempre muito gentil.
Vou publicar no meu blog seu e-mail. Obrigada!
No Brasil, não costumam comer caracóis, o que é uma pena! Eu adoro!
Terei que dar um pulo em Portugal de novo, em breve, para matar minha eterna saudade desses bichos saborosos!
Um grande abraço,
Rebecca


2009/8/18 CELESTINO MANUEL ABREU PINTO COSTA
Estimada amiga Rebecca
Permita que a trate assim
O meu nome é Celestino Costa,sou profissional na área de catering e em 2009 estive na Herdade de Mata-Mouros em Silves a fazer parte da equipa de catering ,que esteve a servir o jantar.
Como achei um sonho a herdade e apesar de não ter possibilidade de a ver na sua totalidade,resolvi através da net fazer a visita e qual não é o meu espanto que entre muitas coisas vi o seu lindissimo trabalho de arte culinário,e ao percorrer a informação ,verifiquei de que dizia que gostava de aprender a fazer os caraóis á Portuguesa
Daí a minha liberdade de a contactar e lhe enviar a maneira como faço os caracois na versão Portuguesa mas o mais natural possivel que tem feito as delicias dos meus amigos.
Votos que goste e possa adicionar ás suas receitas.


Eu costumo utilizar dois tipos de caracóis
Caracóis tipo canário,e caracois riscados
Normalmente costumo comprá-los na zona onde moro (Almada,no distrito de Setúbal)

Lavar os caracóis em várias águas até que eles fiquei limpinhos,de seguida deitá-los num tacho com água fria e colocar no lume baixo para que eles fiquei com o corpo saidos da casca,á medida que a água vai aquecendo lentamente pode colocar dois ou mais dentes de alho esmagados a murro,um pouco de azeite de boa qualidade,e quando a água levantar fervura deitar oas oregáos e o sal,deixar ferver mas com o lume brando até que ao retirar um caracol verifique que ele está cozido.deixar repousar um pouco e de seguida servir.

Toque pessoal.
Deitar só o sal quando a água começar a ferver senão os caracóis não saiem cá para fora,os oregãos também deve colocar após a água começar a ferver.
Quanto á quantidade do sal deve ser generosa a por até que cinta a água ficar um pouco para o salgado,
Para que os caracóis fiquem bons devem ser feitos pelo menos umas duas horas antes de servir,se por ventura náo tenha esse tempo e sejam para consumir quase de emediato á sua cozedura então deve aumentar a quantidade de sal.
Já agora um complemento final normalmente costumo servi-los acompanhado com o pão de mistura barrado com manteiga de boa qualidade e salpicados com oregãos indo ao forno até que fique torrado,servir quente é ver comer e pedir por mais.
Espero ter sido claro ao lhe dizer como eu faço e ao mesmo tempo, desejar-lhe um bom apetite na hora de os comer.
Se houver alguma dúvida no tipo de caracois diga que eu lhe mando umas fotos dos caracóis

Os meus respeitosos cumprimentos e sempre ao dispor
Celestino Costa

sábado, 1 de agosto de 2009

Rebecca Lockwood na exposição 2em1, Cavalariças do Parque lage – 01/08/09 a 6/09/09.

Deslocamento de perspectiva

A Chef carioca Rebecca Lockwood age no limiar do espaço dito da Arte e do espaço do quotidiano, este último definido por uma infinidade de elementos do Real, invisibilizados por sua banalidade, pela sua obviedade. O seu quadro de ação está definido pelos numerosos rituais de convivência que conformam o padrão internacional de serviço gastronômico. Ela desvia certos elementos do ritual, criando um extranhamento que torna visível aquilo que já há muito escapou, por hábito, ao âmbito do visível.

Rituais de convivência e estratégias de integração

É difícil classificar o que Rebecca faz. Vem sendo chamado de performance gastronômica, o que ao mesmo tempo é amplo demais e redutor. No ato inaugural da exposição 2em1, ela produz um coquetel que contem todas as características padrão de uma abertura de exposição ou de um evento de celebração. Porém, ela altera certos fatores. Já na exposição Associados, em 2007, Rebecca produziu a Sopa da Pedra, onde ela trouxe uma panela e uma pedra, convocando todos os participantes e visitantes a trazer ingredientes. Na ocasião do 2em1 ela trabalhou em estreita colaboração com a ANAERJ, a Associação de Nanismo do Estado do Rio de Janeiro e desenvolveu um conceito de coquetel onde o bar seria montado nas dimensões apropriadas para os membros da associação, de modo que os convives grandes teriam que se adequar aos barwomen e barmen anões. Sendo a integração um elemento fundamental da convivência, essa operação, que desvia o esperado pelo público, criou um ambiente e uma situação que transcendeu de longe o significado comum de um coquetel de inauguração, revelando preconceitos e a falta de convívio com a diferença no seio de nossa sociedade. Ao longo do evento, os convidados foram se acostumando ao tamanho, para eles inusitado, dos anfitriões. Rapidamente o ambiente ficou descontraído e a normalidade se estabeleceu. Todos (incluindo os pequenos amigos de Rebecca) com certeza saíram mais ricos de uma experiência, e com um mundo mais amplo, mais aberto e mais feliz. O ritual de convivência se torna uma experiência de vida e uma estratégia de integração.

Roberto Cabot

Rio de Janeiro, 02/08/2009

2em1- Notícia no RJTV - 1a Edição (30/07/2009)

Clique no título para ver o vídeo.

2em1


Chef Rebecca Lockwood - performance gastronômica